terça-feira, 29 de outubro de 2013

Josue Gonçalves de Araujo do Cordel - Escritor e Poeta Cordelista: BIBLIOTECA TEMÁTICA DE CULTURA POPULAR BELMONTE ...


BIBLIOTECA TEMÁTICA DE CULTURA POPULAR BELMONTE
CICLO DE PALESTRAS SOBRE O CORDEL BRASILEIRO
9, 16, 23 e 30 de novembro e 7 de dezembro
São Paulo, 2013

1. Primeira palestra: dia 9 de novembro
Título: Introdução à história do aparecimento do cordel no Brasil
Tema: Apresentação dos elementos e dos autores que criaram o cordel no Brasil
Sinopse: No final do séc. XIX e início do séc. XX, a cidade do... Recife, em Pernambuco era o centro cultural e político do Nordeste Brasileiro. A sua Faculdade de Direito recebia os pensadores e literatas que construiriam a cultura brasileira: Castro Alves, Tobias Barreto, Ireneo Joffily, Sílvio Romero, Augusto dos Anjos entre outros passaram pelos seus corredores e sentaram em suas salas de aula. Paralelamente a isso, um grupo de poetas oriundos do sertão e da Zona da Mata paraibana começou a publicar em rústicos folhetos seus poemas longos e paródias, pensando o dia-a-dia do povo trabalhador da futura metrópole: era o cordel que surgia pelas mãos de Leandro Gomes de Barros, Silvino Pirauá de Lima, Francisco das Chagas Batista e João Martins de Ataíde.
Duração: 3 horas
Palestrante: Lucineide Vieira

2. Segunda palestra: dia 16 de novembro
Título: Aspectos internos do cordel brasileiro
Tema: Como se dá a construção de um poema de cordel
Sinopse: o cordel brasileiro é uma forma poética fixa e exige de seu autor o conhecimento de sua engrenagem e funcionamento. O poeta necessita conhecer: a estrofação do poema (sextilhas, septilhas e décimas); o verso fundamental cordelístico: o setessílabo; noções de rima e ritmo (rima toante e soante), acentuação dos versos; o aparecimento do acróstico como assinatura do poeta; elementos extraídos das obras épicas clássicas: invocação, oferecimento e trama; o que é um personagem em cordel (exemplos: João Grilo, Cancão de Fogo, José do Telhado, Donzela Teodora); os casos de amor.
Duração: 3 horas
Palestrante: Josué Gonçalves de Araújo

3. Terceira palestra: dia 23 de novembro
Título: O cordel em São Paulo
Tema: Autores, editoras e movimentos do cordel em São Paulo
Sinopse: desde a segunda metade do séc. XX que a cidade de São Paulo viu o cordel sendo impresso e distribuídos em suas ruas, bem como sendo levados para venda no Nordeste. A Editora Prelúdio foi a primeira a se interessar pelas histórias de cordel nascidade no “norte”. Com a presença do poeta Manoel D’Almeida Filho coordenando suas ações transformou-se na grande voz cordelística brasileira. A Editora Luzeiro sucessora da Prelúdio consolidou a prática e começou a reunir poetas e público amante dessa arte poética. Passado o tempo, a contemporaneidade viu surgir a Caravana do Cordel como movimento fundador de novo pensamento sobre o cordel agregando poetas e pesquisadores.
Duração: 3 horas
Palestrante: Varneci Nascimento

4. Quarta palestra: dia 30 de novembro
Título: O que é (e o que não é) cordel
Tema: Elementos distintivos do cordel brasileiro
Sinopse: é muito comum colocar todas as formas de poesia oriundas do Nordeste sob o mesmo nome de cordel, entretanto há diferenças essenciais que a distinguem em vários aspectos. O repente dos cantadores improvisadores violeiros, o coco de embolada, o “poema matuto”, a rezas e benditos, as canções e os poemas curtos de inspiração bucólica ou de gracejo, todos são confundidos e colocados lado a lado no mesmo leito. O cordel difere de todos em sua textura poética, cultural e linguística. O seu produto escrito difere dos seus primos orais. O papel é seu suporte mais legítimo desde sua origem no Recife, impresso em máquinas tipográficas elétricas ou pequenos prelos manuais. Com o aparecimento da xilogravura passou-se com o tempo a confundi-la com o cordel. O próprio folheto terminou por assumir posto de sinônimo do cordel, mesmo quando este tomou para si suportes mais robustos.
Duração: 3 horas
Palestrante: Aderaldo Luciano

5. Quinta palestra: dia 7 de dezembro
Título: Síntese histórico-literária do cordel
Tema: Principais momentos do cordel brasileiro
Sinopse: desde a época dos fundadores que o cordel teve, claramente, momentos poéticos e episódicos que o consolidaram na história nacional. Leandro Gomes de Barros e seus principais folhetos; João Martins de Ataíde e a confusão na autoria de seus cordéis; Francisco das Chagas Batista e a criação da Popular Editora; a querela do Pavão Misterioso; a escrita de José Pacheco colocando Lampião no Inferno; Manoel D’Almeida Filho encontrando a Prelúdio e publicando seus clássicos; a crise no início dos anos 80; a retomada gloriosa no séc. XXI; a escrita feminina autenticando seu espaço; as academias, as associações, seus erros e acertos; novas editoras na cena cordelística. O cordel hoje.
Duração: 3 horas
Palestrante: Aderaldo Luciano.
 
OBS: As palestras serão realizadas as 10:00h

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Nada na natureza é por acaso, salvo o homem, o predador.


Vadiando nos pastos do sítio de um cunhado, lá em Terra Rica-PR, eu fotografei vários montes de caroços de mangas, no lugar onde o gado se deita para ruminar. Um monte aqui, outro acolá. Fui chamar o mestre do campo, um senhor de cabelos brancos para esclarecer o mistério: “—Rapaz isso ai é o processo normal da natureza. Os bois comem dúzias de mangas inteiras e a noite se deita para remoer. Aos poucos vai devolvendo os caroços peladinhos para a terra.”
Foi então que eu descobri porque alguns animais tem que ser diferentes, até mesmo, no sistema digestivo. É uma questão de equilíbrio da natureza. O Gavião quando se alimenta, devora os ratinhos descuidados ou filhotinhos de aves. A recompensa é saciar a fome, mas o ato é de equilíbrio no ecossistema. Cada ser vivo na natureza tem uma função de equilíbrio do próprio sistema. Naturalmente isso não acontece com o ser humano. Ele é um predador que veio do além e formou um corpo de matéria para ser usado em um pequeno espaço de tempo, quando então devolve tudo e volta para o lugar de onde veio. A natureza é um mesa exposta para servi-lo.  Voltando aos bois, esses tais ruminantes foram escolhidos para proceder a replanta de algumas arvores frutíferas, como é o caso das mangas. Uns animais ruminam, outros não. Poderia serem todos iguais, mas ai como ficaria o reflorestamento de certas plantas frutíferas. Para os maiores frutos, como é o caso da manga, o serviço fica a cargo dos ruminantes maiores, os bois, e para as sementes de frutos menores, temos os caprinos, pois fazem parte dos menores ruminantes. Para os não ruminantes, as sementes são expelidas junto com as fezes. Não há nada existente na natureza que seja por acaso. Salvo o homem! O homem é um ser externo usando um corpo de matéria da natureza. O homem, se partir do princípio que ele não tem utilidade alguma na natureza, e que tudo que faz nesse planeta, nada leva, só resta acreditar que a energia predadora leva consigo todo o aprendizado adquirido através das emoções, dores, alegrias, tristezas, prazeres, ódio, angústias, paixões, conhecimentos...proporcionado pela matéria que serviu-lhe de roupagem. Naturalmente a energia – espirito – sem essa roupagem, é isenta de qualquer espécie de sentimento, dores, paixões, angustia. Espírito não pode sentir dor. Como machucar um espírito? Sem esse atributo de “sentir”, fica impossível “comparar”, sem comparações não se chega a uma razão. O conhecimento fica impossível e sem conhecimento, não há evolução. Repito que a natureza é um banquete, um sacrifício sobre a pedra, uma oferenda para propiciar a hospedagem e saciar a fome de conhecimento dos deuses humanos, vindo do astral. Viu como nos restos excrementícios ou mesmo de uma regurgitação pode-se garimpar muita sabedoria?   

terça-feira, 11 de junho de 2013

Editora Luzeiro lança novo livro em Cordel "O Carroceiro e o Burro"




Sorte não é privilégio,
Não se ganha de presente!
É a mão do Criador
Sorteando livremente
Na roleta da existência
De tudo quanto é vivente.


No tabuleiro da vida,
Eu não fui um escolhido.
Sou perfeito na saúde,
Robusto, mas desprovido
Da tal sorte, cuja origem,
Vez ou outra, eu duvido.


Minha mãe aconselhou-me:
— Você vai para a escola!
Seja homem de prestígio!
Não roube e não cheire cola,
Siga o caminho dos livros
Que seu futuro decola.
...

O tempo seguiu seu rumo,
Cumpriu-se em mim o ditado:
Quem não planta, nada colhe,
Se planta colhe o plantado.
Na vida quem foi relapso,
Cedo ou tarde é condenado.
...

 

 

 

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